Suecos criam biossensor ligado diretamente às plantas

Sistema seria mais rápido que câmeras espectrais para sensoriamento por medir nível de açúcar

15 de fevereiro de 2021 10h12

Por Redação

Pesquisadores da Linköping University, na Suécia, desenvolveram biossensores capazes de monitorar níveis de açúcar em tempo real diretamente nos tecidos vegetais para antecipar problemas e correções nas lavouras.

Doutoranda Chiara Diacci insere o sensor na planta que será estudada. (Foto: Linköping University / Thor Balkhed)

Os sensores são baseados em transistores eletroquímicos orgânicos que podem ser implantados nas plantas. As informações dos sensores podem estar relacionadas ao crescimento, qualidade das plantas e outros processos biológicos

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Na prática, eles poderiam ser usados nas lavouras por até dois dias para criar referências sobre a performances para cada talhão de forma específica.

O modelo poderia ser, inclusive, mais precoce na identificação de problemas do que câmeras espectrais ou outros sistemas de sensoriamento.

Segundo os pesquisadores, as informações dos sensores podem ajudar os produtores a adaptarem a produção agrícola às mudanças climáticas.

“Atualmente, os sensores são usados para pesquisa científica básica de plantas, mas no futuro podem ser usados na agricultura para otimizar as condições de crescimento ou monitorar a qualidade do produto, por exemplo”, diz Eleni Stavrinidou, professora associada do Laboratório de Eletrônica Orgânica, Departamento de Ciência e Tecnologia de Linköping Universidade.

Biossensor fornece dados em tempo real sobre os níveis de açúcar da planta. (Foto: Linköping University / Thor Balkhed)

Segundo ela, em longo prazo, os sensores também podem ser usados para orientar a produção de novos tipos de plantas que podem crescer em condições desafiadoras.

De acordo com os pesquisadores, os mecanismos pelos quais o metabolismo das plantas é regulado e como as mudanças nos níveis de açúcar afetam o crescimento ainda são relativamente desconhecidos.

Experimentos anteriores normalmente usaram métodos que dependem da separação de partes da planta. Porém, o sensor desenvolvido pelo grupo de pesquisa fornece informações sem danificar a planta e pode fornecer outras peças do quebra-cabeça de como funciona o metabolismo vegetal.

“Encontramos uma variação nos níveis de açúcar em plantas que não havia sido observada anteriormente. Estudos futuros se concentrarão em entender como os níveis de açúcar mudam quando as plantas estão sob estresse ”, diz Eleni Stavrinidou.

Veja também o boletim AgEvolution sobre “Sensoriamento Remoto”: