
O Brasil é o maior produtor de suco de laranja do mundo, e a exportação em 2018 registrou um aumento de 29% em relação ao ano anterior – puxada principalmente pelos Estados Unidos. Por isso, o mercado brasileiro é tão estratégico para uma startup como a israelense SeeTree. Sem fazer muito alarde, em apenas 18 meses ela inaugurou sua base em Tel Aviv e já mantém escritórios na Califórnia e no Brasil. É o destaque da Arena da Inovação, espaço ocupado pelas agtechs na Agrishow.
O que a SeeTree oferece a seus clientes é um monitoramento completo de sua plantação de cítricos. Por meio de drones de nível militar, indisponíveis para civis, a empresa coleta dados sobre cada árvore. Essas informações são analisadas por um sistema de inteligência artificial capaz de identificar pragas e doenças, especialmente o greening, cujo poder destrutivo é bastante temido pelos produtores. A partir dessa análise, ela dá ainda sugestões de como reagir aos problemas.
O nível de precisão do sistema é tão alto, e os resultados, tão precisos, que a startup tem crescido rapidamente. Sem oferecer detalhes, ela afirma que já trabalha com alguns dos maiores produtores brasileiros. E recentemente recebeu um aporte de US$ 15 milhões, destinado a ampliar as operações da empresa tanto para outros países quanto para outras culturas.