Café desperta Belo Horizonte para a inovação no agro
II Hackathon AgroUp no estado apresentou soluções para gestão, cafeicultura de montanha e secagem de grãos

A jornada da inovação do Senar chegou à capital mineira, na última semana, com o II Hackathon AgroUp, durante a Semana Internacional do Café. Este também foi o tema da maratona de 48 horas ininterruptas dos participantes.
Os 45 desenvolvedores formaram nove grupos para encontrar soluções para três grandes problemas dos cafeicultores de Minas Gerais: “como ajudar os produtores de café de regiões montanhosas?”, “como administrar as finanças no setor?” e “como automatizar a secagem do grãos?”.

Equipe campeã teve prêmio de R$ 5 mil por protótipo de chatbot de voz
O evento de inovação foi organizado pela Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), por meio do Instituto “Antônio Ernesto de Salvo” (Inaes), e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). O AgEvolution e o Canal Rural são parceiros da iniciativa.
“Temos tecnologia no mais alto nível, estado da arte, com cerca de 12% dos produtores. A questão é levar para os outros 88% de pequenos e médios. Estamos conseguindo isso com o AgroUp e outras iniciativas. Sabemos que, hoje, é inovar ou morrer”, comentou Roberto Simões, presidente da Faemg e vice-presidente da CNA.
Para ter sucesso, os participantes receberam apoio de mentores sobre o método de trabalho em um hackathon, que consiste em identificar problemas relevantes, imaginar soluções e valida-las, desenvolver modelos de negócio (com protótipo das soluções, o chamado MVP) e apresentá-lo.
Mas o que é MVP? Explicar conceitos como este e ajudar os desenvolvedores a aplica-los são tarefas de mentores, como a Gisele Ribeiro que também é coordenadora de inovação do Inaes/Faemg.
“A palavra MVP significa mínimo produto viável. No caso do hackathon, é um protótipo já com capacidade de operação que é um dos fatores avaliados pelos jurados durante a apresentação ou pitch no final do evento”, explicou.
Disputa acirrada
Os participantes puderam encontrar produtores e muita informação sobre a cadeia entre o público da Semana Internacional do Café, que recebeu mais de 20 mil visitantes e centenas de expositores.
Após escrutínio do júri, a grande vencedora foi a equipe Reditus. A solução foi uma plataforma de gestão que permitirá a inserção dos dados no sistema por voz através de um chatbot. Por poder simplificar a vida do produtor, o grupo ganhou o prêmio de R$ 5 mil.
O segundo lugar ficou para a Macofee que apresentou um aplicador portátil de fertilizante à taxa variada para cafeicultores de morro ou montanha. O terceiro melhor projeto foi o Mtec, uma espécie de rodo para automatização dos processos de secagem na pós-colheita dos grãos de café.
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