Tecnologia alimenta bactérias do solo para reduzir uso de fertilizantes

Interação entre raízes e os micróbios pode elevar produtividade das lavouras

Por Redação

Group of green sprouts growing out from soil

A empresa americana Anuvia Plant Nutrients desenvolve uma tecnologia para alimentar bactérias e micróbios do solo e, assim, reduzir o uso de fertilizantes com ganhos de produtividade.

A empresa anunciou, ontem, uma parceria com o U.S. Department of Energy Joint Genome Institute (JGI, em português, Departamento de Genomas e Energia dos Estados Unidos) para impulsionar as pesquisas com objetivo de trazer mais sustentabilidade à agricultura.

A equipe de pesquisa do JGI, liderada por Trent Northen, está conduzindo uma série de experimentos de química analítica em várias matérias-primas de raízes plantas e amostras de solo da Anuvia.

Os pesquisadores projetaram um dispositivo de ecossistema de solo que descobrirá os mecanismos de interações entre as plantas e as comunidades de micróbios e bactérias de suas raízes.

Fertilizantes

Combinando ferramentas de cromatografia líquida (LC) e espectrometria de massa (MS), a JGI pode medir com precisão as alterações microbianas para identificar compostos orgânicos que estimulam os micróbios benéficos.

“Aproveitar as tecnologias e experiência da JGI nos permite identificar mais rapidamente as qualidades das matérias-primas orgânicas que melhoram o microbioma do solo, enquanto liberam com mais eficiência os nutrientes para a saúde das plantas”, disse Shawn Semones, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Anuvia Plant Nutrients.

Segundo ele, a colaboração desenvolverá produtos avançados para uma gestão equilibrada do solo na agricultura. “Essas novas tecnologias otimizarão o uso de recursos naturais renováveis ​​e diminuirão os fluxos de resíduos, ao mesmo tempo que avançam em um modelo de negócios circular”, acrescentou.

Atualmente, a Anuvia fabrica fertilizantes de base biológica sustentáveis ​​e de alta eficiência que fornecem multi-nutrientes de liberação lenta para reintroduzir matéria orgânica no solo, estimulando a nutrição para os micróbios se multiplicarem.

A tecnologia de liberação lenta permite que os fertilizantes sejam usados melhor, diminuindo as perdas por lixiviação ou volatilização. O resultado é o aumento da produtividade e a melhoria da saúde do solo, com melhores retornos aos agricultores, ao mesmo tempo que reduzem o impacto no planeta.

“Este projeto é uma oportunidade fantástica para usarmos nossos recursos para obter insights sobre como os produtos apoiam o crescimento sustentado de plantas e micróbios e, em última análise, melhores rendimentos das colheitas”, disse Nigel Mouncey, diretor da JGI.

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