Startup israelense lança tecnologia de polinização artificial

Sistema mecânico coleta, seleciona e armazena pólen por até um ano para mitigar declínio de polinizadores naturais

Por Redação
polinização

Tractors pull a mast equipped with small cannons that shoot pollen at almond trees, allowing them to fertilize without bees in an Almonds grove in Tel Arad, southern Israel March 4, 2020. Picture taken on March 4, 2020. REUTERS/ Amir Cohen

A agtech israelense Edete Precision Technologies for Agriculture iniciará testes em escala comercial de sua tecnologia de polinização artificial em dezenas de hectares de pomares de amêndoas na Austrália.

A previsão foi confirmada após a assinatura de um acordo com um dos maiores produtores de amêndoas australiano. Os testes de campo devem começar em agosto, quando as amendoeiras começam a florescer.

Equipamento funciona dia e noite, independentemente da temperatura ambiente. (Foto – Edete Precision Technologies for Agriculture)

O sistema de Edete também poderia polinizar pistaches, maçãs, cerejas, peras, ameixas, entre outros.

Robô polinizador

A inovação opera com a coleta mecânica de flores, separação do pólen das anteras e outras partes da flor e produção de pólen puro. O método patenteado permite a manutenção de boas taxas de viabilidade do pólen armazenado por mais de um ano.

O pólen geneticamente selecionado é aplicado nas árvores alvo com polinização robótica, que usa uma combinação de tecnologias para aplicar a dosagem ideal de pólen nas flores para uma polinização eficaz.

As unidades de aplicação podem funcionar durante o dia ou noite e independentemente da temperatura ambiente. Os primeiros testes foram realizados com sucesso em pomares de amêndoas em Israel.

Segundo a agtech, a colheita mecânica de pólen e o sistema de polinizador robótico alcançara rendimentos substancialmente maiores que a polinização natural. A empresa também visa estabelecer uma unidade na Califórnia, que atenderá os 7.400 produtores de amêndoa do estado.

“A Austrália é o segundo maior produtor de amêndoas do mundo e continua aumentando a área cultivada de uma forma que torna o país um campo de provas fundamental para nós”, disse Keren Mimran, cofundador e VP de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Edete.

Menos polinizadores

O declínio dos insetos polinizadores naturais levou a uma busca intensificada por uma solução para proteger os rendimentos das colheitas e resolver o desafio de produzir mais frente a menos de colmeias para polinizar seus pomares.

“Cerca de 75% das safras do mundo dependem da polinização por insetos, especialmente as abelhas, para rendimento e qualidade. Sem uma solução alternativa, a segurança alimentar estaria em risco, os preços dos alimentos poderiam disparar e alguns alimentos podem se tornar escassos”, disse em nota a agtech.

O mercado global de amêndoas é estimado em mais de US$ 7 bilhões anuais. Com os produtores gastando centenas de milhões de dólares anualmente apenas em serviços de colmeias, os custos estão aumentando.

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