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Polinização

Startup israelense lança tecnologia de polinização artificial

Sistema mecânico coleta, seleciona e armazena pólen por até um ano para mitigar declínio de polinizadores naturais

A agtech israelense Edete Precision Technologies for Agriculture iniciará testes em escala comercial de sua tecnologia de polinização artificial em dezenas de hectares de pomares de amêndoas na Austrália.

A previsão foi confirmada após a assinatura de um acordo com um dos maiores produtores de amêndoas australiano. Os testes de campo devem começar em agosto, quando as amendoeiras começam a florescer.

Equipamento funciona dia e noite, independentemente da temperatura ambiente. (Foto – Edete Precision Technologies for Agriculture)

O sistema de Edete também poderia polinizar pistaches, maçãs, cerejas, peras, ameixas, entre outros.

Robô polinizador

A inovação opera com a coleta mecânica de flores, separação do pólen das anteras e outras partes da flor e produção de pólen puro. O método patenteado permite a manutenção de boas taxas de viabilidade do pólen armazenado por mais de um ano.

O pólen geneticamente selecionado é aplicado nas árvores alvo com polinização robótica, que usa uma combinação de tecnologias para aplicar a dosagem ideal de pólen nas flores para uma polinização eficaz.

As unidades de aplicação podem funcionar durante o dia ou noite e independentemente da temperatura ambiente. Os primeiros testes foram realizados com sucesso em pomares de amêndoas em Israel.

Segundo a agtech, a colheita mecânica de pólen e o sistema de polinizador robótico alcançara rendimentos substancialmente maiores que a polinização natural. A empresa também visa estabelecer uma unidade na Califórnia, que atenderá os 7.400 produtores de amêndoa do estado.

“A Austrália é o segundo maior produtor de amêndoas do mundo e continua aumentando a área cultivada de uma forma que torna o país um campo de provas fundamental para nós”, disse Keren Mimran, cofundador e VP de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Edete.

Menos polinizadores

O declínio dos insetos polinizadores naturais levou a uma busca intensificada por uma solução para proteger os rendimentos das colheitas e resolver o desafio de produzir mais frente a menos de colmeias para polinizar seus pomares.

“Cerca de 75% das safras do mundo dependem da polinização por insetos, especialmente as abelhas, para rendimento e qualidade. Sem uma solução alternativa, a segurança alimentar estaria em risco, os preços dos alimentos poderiam disparar e alguns alimentos podem se tornar escassos”, disse em nota a agtech.

O mercado global de amêndoas é estimado em mais de US$ 7 bilhões anuais. Com os produtores gastando centenas de milhões de dólares anualmente apenas em serviços de colmeias, os custos estão aumentando.

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