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Robôs

Startup inglesa cria robôs “suaves” para colher frutas e legumes

Experimentos ocorreram com framboesas e couve-flor para desafiar as máquinas

A Fieldwork Robotics escolheu as framboesas como o primeiro alvo para seu projeto de colheita robótica de frutas e vegetais. Esta fruta vermelha é frágil e cresce dentro de folhagens, justamente para desafiar os equipamentos da empresa sediada no Reino Unido.

O trabalho é um projeto da Universidade de Plymouth, localizada na costa sul da Inglaterra, onde o Dr. Martin Stoelen lidera o laboratório de Robótica Leve & Adaptativa da universidade.

Dr. Martin Stoelen lidera pesquias em Robótica Leve e testou robô com couve-flor. (foto – Universidade de Plymouth)

A tecnologia ‘soft’ cobre aspectos de pressão variável no braço do robô para atender às demandas da tarefa que está sendo realizada. Além do projeto de frutas vermelhas, o Dr. Martin Stoelen está liderando o desenvolvimento de sistemas de robôs para a colheita de couve-flor.

Neste segundo projeto, ele tem o apoio da Agri-Tech Cornwall e financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Conselho da Cornualha. Os testes iniciais foram concluídos no ano passado com o parceiro industrial Hall Hunter Partnership (HHP), um grande produtor de frutas vermelhas.

“O teste de campo foi um marco importante porque nos deu um feedback inestimável para continuar desenvolvendo o sistema em direção à comercialização”, disse o Dr. Stoelen.

Necessidade

Protótipo do colhedor de framboesa tem grandes desafios significativos. (foto – Universidade de Plymouth)

O presidente-executivo da HHP, David Green, destacou o potencial da robótica e aponta este tipo de tecnologia como necessidade para manter os produtores competitivos.

“Prevemos que as plataformas robóticas para atividades de colheita e manejo terão um papel significativo no aumento da qualidade, produtividade e rendimento do produto”, disse.

O trabalho de campo agora está recebendo ajuda da Bosch para otimizar os braços de manipulação do robô e o software de controle com o objetivo de reduzir custos e aumentar a velocidade de trabalho.

Vivek Kadal, que lidera a equipe da Bosch no desenvolvimento, disse que é um grande prazer trabalhar com empresas que são pioneiras e mudam a forma como a robótica está sendo usada para simplificar o trabalho humano.

“Forneceremos os melhores recursos da classe para permitir que o Fieldwork comercialize e leve seus robôs ao mercado”, garantiu.

Robótica suave

A colaboração com a Bosch é um passo significativo em direção a esses objetivos, afirma Neill Crabb, CEO da Frontier IP Group, especialista em comercialização de propriedade intelectual com mais de 25% das ações da Frontier Robotics.

A chamada robótica ‘suave’ está relacionada à tecnologia de rigidez variável que permite ao robô se adaptar a diferentes elementos de uma tarefa específica.

No início deste ano, a Frontier IP recebeu aportes de R$ 2 milhões (ou 298 mil libras) além de outros R$ 3,7 milhões de uma agência de inovação inglesa para acelerar o desenvolvimento do robô para colheita de framboesa.

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