Hand of male holding soil in the hands for planting.
A startup Biome4All disponibiliza no Brasil uma tecnologia de análise genética do solo capaz de otimizar o uso de insumos e elevar a produtividade das lavouras.
Chamada Agri-Analysis, a plataforma analisa o DNA de bactérias e fungos presentes no solo para estabelecer parâmetros de qualidade do solo e inferir produtividade agrícola e riscos à biossegurança.
Ferramenta avalia mais de 9.000 genes funcionais de relevância. (foto – Biome4All)
Os micro-organismos do solo são fundamentais para o desenvolvimento vegetal. Na produção agrícola, eles interagem com as raízes das plantas, auxiliando no fornecimento de nutrientes, proteção contra doenças, incremento na resiliência e modulação do crescimento vegetal.
Dessa forma, quanto mais se conhece esses micro-organismos, mais eficiente pode ser a gestão do uso de insumos e o resultado na produtividade das lavouras.
“Estas informações dão suporte à análise técnica de amostras de solos, tanto para projetos de desenvolvimento, como para auxiliar as empresas e produtores nas validações dos manejos e de aplicação de produtos, confirmando as melhorias causadas na microbiologia dos solos”, explica Cristiane Andreote, diretora da Andrios.
A ferramenta realiza o sequenciamento de DNA de microbiomas em parceria pelas empresas Andrios e DSMA para auxiliar o produtor ou empresas na tomada de decisão no campo.
Segundo Marcus Adonai Castro da Silva, co-fundador da Biome4all, a ferramenta consiste em identificar genes presentes nestes micro-organismos a fim de identificar as funções importantes associadas à produtividade.
“Com esses dados, são avaliados mais de 9.000 genes funcionais de relevância, gerando um perfil genético da comunidade do solo”, acrescenta Marcus.
A partir disso, a informação é comparada com um banco de dados de acordo com a cultura-alvo para evidenciar se a comunidade de micro-organismos de determinada amostra tem pouco ou muito dos genes de relevância.
Além disso, segundo Cristiane, esta função do solo, representada pelo seu conjunto de genes, pode determinar a ciclagem de nutrientes e consequentemente pela produtividade da lavoura.
Por meio desta ferramenta, é possível também comparar a comunidade presente em áreas sob diferentes condições de cultivo ou do emprego de variados insumos.
“Além disso, temos a possibilidade de acompanhar a evolução da comunidade ao longo dos anos e, comparar amostras de diferentes regiões. Como exemplo, ao avaliar amostras de solo associada à produção de uva, foi possível compará-la com dados dos Napa Valley (EUA), Barossa Valley (Austrália) e Rioja (Espanha), evidenciando grupos taxonômicos bacterianos em comum”, diz Marcus.
Outra aplicação é a avaliação do risco de plantas geneticamente modificadas sobre organismos não alvo. “Essa análise tem sido utilizada por empresas para registro comercial de organismos geneticamente modificados (OGM). Este diagnóstico é essencial para avaliar a biossegurança da sua liberação no ambiente”, orienta Marília Bixilia Sanchez, diretora científica da DSMA. (com informações da assessoria de imprensa)
