
Em breve, pequenos robôs vão tomar as calçadas das grandes cidades, compartilhando o espaço com os pedestres, fazendo entregas de comida. A cena pode até parecer saída de algum filme de ficção científica, mas pode se tornar realidade muito mais rápido do que imaginamos, ao menos nos Estados Unidos. A startup Starship Technologies anunciou o lançamento de um programa piloto na Universidade de Pittsburgh. Os pequenos robôs vão distribuir as refeições para os alunos. No mês que vem, será a vez da Universidade de Purdue, no estado de Indiana. Até 2021, eles querem chegar a 100 campi.
A empresa acabou de receber um aporte de US$ 40 milhões, liderado pelo Morpheus, fundo de venture capital focado em startups early stage com soluções disruptivas para grandes mercados. Com o novo investimento, a Starship já recebeu US$ 85 milhões. A empresa foi criada em 2014 por Ahti Heinla e Janus Friss, cofundadores do Skype.
Analistas acreditam que o mercado de entregas feitas por robôs chegará a US$ 34 milhões até 2024, e que até 85% da parte final das entregas, chamadas “last mile delivery”, serão realizadas por veículos autônomos até 2025. Ou seja, o cenário de ficção científica é iminente. A mudança, no entanto, não é aceita por unanimidade. Uma pesquisa realizada em 2017 pela empresa de serviços de reserva em restaurantes Open Table apontou que 68% dos clientes não quer ver os dispositivos na hora de comer. O resultado dá uma ideia do grau de aceitação dos entregadores autônomos.