Robô saltitante leva robótica agrícola para o alto

Equipamento combina hélices de drones e energia cinética para combater pragas

Por Daniel Azevedo Duarte

A robótica agrícola já conta com diversas iniciativas em todo o mundo e avança para níveis cada vez mais “altos”. É o caso do CropHopper, que combina hélices de um drone e um engenhoso mecanismo de salto para elevar o nível de eficiência energética e produtividade dos robôs a outro nível no campo.

Desenvolvido pela inglesa HayBeeSee, o “robô saltitante” é capaz de percorrer os campos rapidamente e trabalhar por muito mais tempo do que um drone. Ele pesa 3 kg, pode operar sem operador e tratar autonomamente ervas daninhas, pragas e doenças.

A chave para sua operação e resistência é uma perna saltadora de fibra de carbono com dois braços flexíveis que transformam energia cinética em elétrica. Quando dobrados, a tensão é liberada e os braços impulsionam o CropHopper para o ar.

A cada “salto”, quatro hélices aumentam a distância de deslocamento para até 10 metros e suavizam o pouso. E, durante o voo, o robô tira fotos de alta qualidade muito perto do chão para identificar problemas com até menos de 1 mm.

Diferente de um drone, que exige uma troca ou recarga da bateria a cada 20 a 30 minutos, o CropHopper pode cobrir cerca de 70 ha por dia com três cargas ou trocas de bateria. No futuro, também poderá aplicar defensivos ou mesmo eliminar ervas daninhas com uma enxada rotativa.

O CropHopper é uma criação de Fred Miller, CEO e fundador da HayBeeSee. Nascido em Londres, mas com conexões agrícolas nos EUA, Fred estudou engenharia aeronáutica no Imperial College London.

“O CropHopper pode cobrir mais terreno, mais facilmente do que um drone, porque ele pula, o que economiza uma enorme quantidade de energia. Isso significa que pode ser usado com mais frequência e por mais tempo, reunindo grandes quantidades de dados ”, explicou Fred.

Veja como funciona:

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