Robô brasileiro monitora soja e algodão de forma autônoma

Um grupo de pesquisadores da PUC do Rio apresentou, em abril, um robô agrícola para mapear o crescimento e germinação de plantas e identificação de pragas em plantações de soja e algodão.

Este é um dos primeiros robôs brasileiros para atividades no campo. A Embrapa Instrumentação desenvolveu o Mirã 2, que também realiza monitoramento de lavouras e análise de solo.

O protótipo desenvolvido com inteligência artificial é capaz de monitorar as plantações, distinguindo o que é germinação efetiva do que é erva daninha, e de se movimentar sozinho entre as fileiras.

A projeto é desenvolvido por professores do Departamento de Engenharia Elétrica, do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) em parceria com a agtech Solinftec e a Embrapa e foi concluído com testes a campo em abril.

Com uma câmera embutida em sua estrutura, o robô agrícola diferencia a soja ou o algodão das demais vegetações em torno, além de apontar o tipo de infestação. Assim, o uso de defensivos agrícolas se torna mais assertivo e econômico.

Para um desempenho eficaz, o robô recebe as informações visuais e geográficas do terreno e a partir daí calcula toda sua movimentação dentro do espaço. Isso é possível com o uso de uma câmera e georreferenciamento por GPS.

O robô opera sem a necessidade de um profissional para a condução do equipamento e, também, não causa prejuízos ao solo como compactação.

A equipe é formada por três alunos de doutorado, cinco alunos de mestrado, dois da graduação e conta com a coordenação dos professores Karla Figueiredo, Marley Vellasco e Wouter Caarls, além do Prof. Antonio Leite, ex-DEE e atualmente professor na Noruega.

A iniciativa tem parceria com a Embrapa, responsável pela plantação de quatro áreas para a realização dos testes, e é patrocinado pela Solinftec, empresa de tecnologia agrícola. (com informações da assessoria de imprensa)

Confira também o boletim AgEvolution sobre a “Siagro”, que aborda o Mirã 2: