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Meteorologia

Reino Unido anuncia melhor supercomputador climático do mundo

Equipamento será capaz de prever a meteorologia em microrregiões com altíssima precisão

O Met Office, departamento meteorológico do Reino Unido, e a Microsoft assinaram, na semana passada, um acordo no valor de R$ 9,1 bilhões para desenvolvimento do supercomputador meteorológico mais poderoso do mundo.

O objetivo é levar a previsão do tempo e do clima para o “próximo nível” e ajudar o Reino Unido a se manter seguro quanto a impactos de mudanças climáticas e a prosperar em diversas atividades, inclusive a agricultura e pecuária.

O novo supercomputador, que deve entrar em operação em julho de 2022, será um dos 25 melhores e mais rápidos supercomputadores do mundo em todas as áreas e será duas vezes mais poderoso do que qualquer outro no Reino Unido.

Os dados gerados serão usados ​​para fornecer avisos mais precisos sobre clima e meteorologia, ajudando a construir resiliência e proteger a população, negócios e infraestrutura dos impactos de tempestades, inundações, neve ou secas, entre outras.

Ele também será usado para desenvolver modelos sobre mudança climática inovadores, liberando todo o potencial da experiência global do Met Office em ciência do clima.

A precisão e exatidão de sua modelagem ajudarão a formar a política do governo como parte da esforço do Reino Unido contra as mudanças climáticas e zero emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa) até 2050.

A parceria só foi possível graças a um investimento de £ 1,2 bilhão (R$ 9,1 bilhões) anunciado pelo governo em fevereiro do ano passado. O retorno esperado na forma de benefícios pode chegar a £ 13 bilhões (R$ 100,9 bilhões).

O secretário de negócios Kwasi Kwarteng do instituto britânico disse que a parceria é um enorme reforço para o Reino Unido proteger o meio ambiente.

“O novo supercomputador atuará como um catalisador para desbloquear novas habilidades, tecnologias e empregos em toda a economia – de cientistas de dados a especialistas em IA. Tudo como parte de nossos esforços para criar um futuro mais limpo”, disse.

Operação

O supercomputador meteorológico fará modelos mais detalhados a partir de quantidades crescentes de dados ambientais e sociais. Na prática, isso significa que as previsões e as projeções serão significativamente melhoradas.

Um exemplo é a criação de simulações climáticas de microrregiões para fornecer informações localizadas e melhorar o planejamento de cidades, como para infraestrutura de transporte público, ou manejo de fazendas.

Entre os avanços estão:

  • Melhor previsão do tempo em escala local usando simulações de resolução muito alta que podem ser ativadas rapidamente em uma área onde há previsão de clima severo. Isso aumentará a preparação para emergências sobre fenômenos climáticos locais.
  • Acesso a quantidades cada vez maiores de dados meteorológicos e climáticos, proporcionando às empresas oportunidades de inovar e criar novos serviços
  • Previsões cada vez mais precisas de informações de vento e temperatura para a agricultura indústria da aviação, levando a uma maior eficiência e economia de insumos.
  • Planejamento e políticas públicas em relação às emissões de carbono.

Verde

O equipamento vai funcionar com energia 100% sustentável, como turbinas eólicas e painéis solares. Só no primeiro ano de operação, isso já significará uma economia de energia de 7.415 toneladas de CO2 na atmosfera.

A colaboração com a Microsoft vai durar 10 anos e os primeiros resultados devem aparecer em 2022, com a primeira geração do supercomputador. Ele será atualizado uma vez ao longo da década, até chegar na capacidade máxima de funcionamento.

O supercomputador ficará situado no sul do território britânico, gerando mais empregos para a região. Além do equipamento, a empresa vai fornecer hospedagem, serviço de rede, armazenamento de dados e computação para a instituição.

Veja o boletim AgEvolution “Meteorologia perfeita”:

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