A biotech brasileira Inprenha iniciou, recentemente, a comercialização de uma proteína capaz de elevar a taxa de prenhez de bovinos entre 3 e 20 pontos percentuais.
Laboratórios da agtech também são registrados no Mapa. (foto – Inprenha)
Na prática, se um produtor tem uma taxa de fertilização de 50%, passaria a atingir de 53% a 70% ou, segundo os testes a campo, entre 58% a 62% na média. Em outras palavras, de oito a 12 bezerros a mais, pelo custo de um, em lotes de 100 animais.
A explicação é que a proteína batizada “Tolerana” atua como um sinalizador às fêmeas de que os espermatozoides não são “estranhos”, entre outros aspectos. Deste modo, a receptividade do organismo das vacas fica aumentada.
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“Esta proteína é encontrada em mamíferos em geral, mas nosso foco agora é em pecuária de corte e leite. Ela diminui a imunotolerância do útero ao embrião e também a neovascularização e a placentação”, explica Erika Morani, fundadora da Inprenha.
Segundo ela, contudo, os demais fatores continuam sendo importantes para os melhores resultados como, por exemplo, a condição da fazenda, manejo, nutrição e sanidade, score dos animais, protocolo de sincronização, sêmen e inseminador.
Desenvolvida em parceria com a USP de Ribeirão Peto, a pesquisa começou ainda em 2009 e completou todas as etapas desde os testes a campo até os registros para comercialização no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Por ser um biofármaco, algo muito novo, os processos levaram mais de tempo, mas estão concluídos. Já temos, inclusive, representação comercial na região Centro Oeste do país, em Mato Grosso”, finaliza.
A agtech Inprenha também tem outros produtos para o setor de pecuária e faz parte do rol de investimentos da SP Venture, que tem foco no agronegócio brasileiro.
Quer saber mais sobre inovações na reprodução de bovinos, assista o ep 10 do AgEvolution “Produtor 4.0”:
