Porto Alegre terá horta urbana inteligente até maio

Proposta é produzir orgânicos, sustentáveis e rastreáveis às margens do Rio Guaíba a partir de Agro 4.0

Por Redação
smart local farm horta urbana 1

foto assessoria de imprensa agrourbano

Os moradores de Porto Alegre (RS) contarão, até maio deste ano, com uma horta urbana inteligente às margens do Rio Guaíba. O Projeto batizado Smart Local Farms terá 600 m² de estufas em uma área total de 100 mil m² com os conceitos de produção orgânica, hiperlocal e sustentável.

Smart Local Farm vai iniciar produção com tomate em estufa de 600 m² (Foto – assessoria de imprensa do projeto)

A horta foi viabilizada pela parceria entre a Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB RS), que cedeu o espaço, a Agência de Fomento Social Besouro, a agtech Elysios e o Instituto Open Food.

“O objetivo é construir um novo modelo alimentar na cidade, onde a gente consiga criar espaços que não são aproveitados atualmente, e transformar isso em alimento. Queremos transformar 100 mil m² de concreto em alimento em um cinturão de alimentos”, explica Matheus Von Muhlen, do Open Food Institute.

Agro 4.0

O Agro 4.0 é peça chave para isso. Por isso, a Elysios Agricultura Inteligente lidera o projeto na parte de tecnologia, com o desenvolvimento do sistema de controle e automação de software, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IOT).

“Vamos colocar sistema de sensoriamento e automação no cultivo para controlar a irrigação e a climatização da estufa, além de ferramentas de software para gestão e implementação da rastreabilidade”, destaca Frederico Brito, diretor-geral da Elysios.

A integração em tempo real, através de um aplicativo, permite implementar a tarefa certa, como a aplicação de insumos e irrigação no momento exato que a planta necessita. O acompanhamento de tudo que acontece na Smart Farm vai estar em nuvem de dados.

Segundo a Elysios, o modelo de agricultura em ambientes controlados gera até 36% menos custos, 50% maior produção e mais 60% de receita. “A tecnologia permite unir o melhor de dois mundos. O máximo do valor nutricional disponível em qualquer momento, sem sofrer impactos climáticos, doenças e aditivos químicos, para estar sempre na mesa das pessoas”, completa.

O AgEvolution entrevistou o Frederico sobre os sistemas da Elysios no Ep. 3 “Instrumentação 4.0”, onde você terá mais detalhes.

Com o terreno definido, o Smart Local Farms começa agora a fase de construção das estufas para começar a produção, inicialmente, com tomates. O objetivo é atender os mais de 100 restaurantes da capital gaúcha que utilizam alimentos orgânicos.

Mão de obra social

O projeto Smart Farms também vai capacitar comunidades para atuar nas hortas. O Instituto Besouro e Ministério Público vai treinar mão de obra de comunidades em área de vulnerabilidade e capacitar os interessados em fazer parte do projeto, com técnica de plantio e colheita aos cooperativados.

Deste modo, diversas vantagens são esperadas, além de promoção de nutrição saudável e sustentabilidade ambiental, também a geração de renda e empregos locais, aproveitamento do espaço público, fortalecimento do cooperativismo, empoderamento de famílias, entre outros.

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