Agro 4.0
Orchestra lança desafio contra ervas daninhas em Goiás
Iniciativa visa cobrir 100 mil hectares em parceria com agtech inglesa
A Orchestra Innovation Center, centro de inovação para o agronegócio, lança a primeira edição do programa Agriculture Challenge, em parceria com a AgTech britânica Hummingbird Technologies.
Para estrear o desafio, a aceleradora organizou uma estrutura operacional tecnológica entre parceiros para a eficiência na adoção das tecnologias neste desafio.
Startups, empresas de agricultura de precisão, agricultores e indústrias estão participando ativamente neste processo para promover práticas que trazem mais eficiência para as aplicações de herbicidas no controle de plantas daninhas na região sudoeste de Goiás e arredores de Mato Grosso.
São consideradas plantas daninhas toda e qualquer planta que ocorre onde não é desejada. Quando presentes em áreas agrícolas, competem com as culturas por nutrientes, luz e água, crescendo mais rapidamente que as demais espécies e causando perdas de rendimento.
Por conta desses danos econômicos, alguns produtores se veem obrigados a utilizar cada vez mais defensivos, a fim de controlar o crescimento dessas plantas, o que tem trazido um grande impacto na população de microrganismos do solo e aumentado consideravelmente os custos de produção.
“A alta resistência à herbicidas está relacionada a capacidade herdada de um biótipo de planta daninha e não à qualidade do herbicida em si. Mesmo adotando boas práticas de manejo integrado de plantas daninhas, é inevitável que elas se disseminem por meio de vias naturais e artificiais”, afirma Nathália Secco, CEO e fundadora da Orchestra.
Segundo elea, aliar a tecnologia de precisão ao manejo não só gera mais economia em herbicidas, como também garante a saúde do solo e menos impactos negativos ao meio ambiente
Por meio de tecnologias como inteligência artificial, machine learning e visão computacional, a Orchestra, junto à Hummingbird, disponibilizará aos produtores de Rio Verde (GO) sensoriamento remoto em grande escala, mapeamento de culturas e aplicações de herbicidas à taxa variável, ou seja, de acordo com a necessidade e com ajustes corretos de dosagem.
De acordo com os estudos realizados pela agtech em Goiás, o uso destes recursos pode gerar uma economia de até 80% de herbicida, por um custo que varia de R$ 60 a R$ 110 por hectare.
Essa variação acontece dependendo do grau de infestação e necessidade individual de cada talhão. Com a ausência total destas ervas daninhas mais resistentes, a longo prazo os custos podem ser até 200% menores, considerando um custo por intervenção de R$ 40 por hectare.
“O mais importante é que estamos evoluindo na eficiência do manejo agrícola com as novas tecnologias. Além de fazer o uso racional de defensivos químicos, utilizando-os pontualmente onde é realmente necessário, o principal benefício é a redução dos casos de resistência a herbicidas por meio do controle real de plantas daninhas e maior sanidade da lavoura”. Pedro Carvalho, gerente de Projetos da Hummingbird.
Para essa primeira fase do Agriculture Challenge, a meta da Orchestra é de cobrir uma área de 100 mil hectares durante a safra e safrinha e demonstrar aos agricultores da região os benefícios socioambientais e econômicos de adotar um modelo mais tecnológico e sustentável para seus negócios.
“Mesmo com o 2º maior PIB agropecuário do Brasil e cerca de 380 mil hectares de área produtiva, Rio Verde ainda tem uma aderência muito tímida ao processo de digitalização, seja pela falta de acesso, infraestrutura ou até mesmo suporte operacional”, “, ressalta Nathália.
Ao entregar as agtechs em operação e em escala pela primeira vez em um polo agroindustrial, o objetivo é causar um grande impacto na produção para os agricultores do estado. (com informações da assessoria de imprensa)
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