Robôs
Leite: ordenha robotizada eleva produção em fazenda no Paraná
Tecnologia aumentou a eficiência e simplificou a rotina dos colaboradores
A Fazenda 2M, no município de Munhoz de Melo, no Paraná, elevou sua produtividade de leite por meio do rebanho de vacas Jersey e o uso de ordenha robotizada. A propriedade dedica-se à atividade leiteira desde 2013, mas promoveu uma completa reestruturação a partir de 2018.

Processo mecanizado permite produtividade de 30 litros diários por animal. (foto – Lely)
Segundo o engenheiro agrônomo e gerente da Fazenda, Rodrigo Henrique Moreto, a raça Jersey foi a escolha certa para a região. “Esse é um animal vantajoso, pois estamos em uma localidade com tendência de altas temperaturas e, por ser mais rústica, a linhagem Jersey suporta bem melhor o calor”, introduz.
Com a lição aprendida na prática, os gestores da fazenda substituíram o gado holandês e readaptaram as instalações, que foram inauguradas em abril de 2020, com o rebanho totalmente formado pelo gado Jersey e a ordenha robotizada.
“Hoje, com o apoio da automação, estamos produzindo 30 litros por animal/dia. Essa era uma meta prevista em nosso plano de negócio para alcançarmos apenas em três anos, mas o atingimos em oito meses, isso por causa da quantidade de informação e qualidade da ordenha proporcionada pela tecnologia Lely”, comenta Moreto.
O Paraná é atualmente o segundo maior produtor de leite do Brasil, foram 4,4 bilhões de litros produzidos em 2018 do total de cerca de 35 bilhões produzidos no país, como aponta o IBGE.
Focada em atender a região Norte do estado, entre Maringá e Astorga, o leite produzido pela propriedade tem como finalidade a produção de queijos e outros lácteos.
A fazenda conta com dois barracões que juntos somam 10 mil m2, sendo um deles destinado para o gado em lactação e o outro para os animais jovens, além de um barracão de armazenamento de alimento, o laboratório, um escritório e o dormitório.
Ordenha robotizada
A nova fase de produção, iniciada em abril, já contou com a introdução de dois robôs Lely Astronaut. “Imediatamente notamos a melhora da qualidade do leite, agilidade operacional e uma antecipação aos desafios sanitários, como, por exemplo, a mastite”, explica o gerente.
Moreto ressalta que o uso dos robôs abre novas possibilidades de programação específica do manejo, e os benefícios são vistos no produto, como a taxa exata de gordura e proteína individual por animal. “Como recebemos e somos cobrados também por qualidade, esse é um parâmetro de muita atenção”, detalha.
O ambiente de trabalho também mudou, hoje os colaboradores atuam em um horário quase comercial, sem a necessidade de levantar às 4 horas da manhã e trabalhar até o anoitecer, como é comum na lida do campo.
“Quando os trabalhos começam pela manhã, as vacas já estão sendo ordenhadas, então a atenção de nossos colaboradores pode se voltar para outros processos, como o cuidado aos animais em tratamento, qualidade da comida, limpeza e cama”, orgulha-se.
Melhoria que também se reflete no bem-estar do rebanho, que hoje tem entre três e cinco ordenhas por dia. “Isso aumenta a longevidade do animal e nos garante um gado sadio por muito mais tempo”.
Para o futuro, o gerente pretende ampliar a propriedade e, em um médio prazo, chegar a oito robôs e atingir a meta de 18 mil litros/dia. “A previsão é que para o início de 2022 tenhamos mais dois robôs, a estrutura já está pronta, estamos esperando mesmo estabilizar o nosso rebanho, que ainda é muito jovem”, finaliza Moreto. (com informações da assessoria)
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