JBS levará 50 mil fazendas a demonstrar sustentabilidade com tecnologia

A JBS vai combinar tecnologias de blockchain com o já existente monitoramento por satélite para conduzir mais de 50 mil fazendas no Bioma Amazônico à sustentabilidade “demonstrada” até 2025.

Lançada recentemente, a Plataforma Verde JBS incluirá fornecedores diretos e secundários para adequação à já existente Política de Compra Responsável da empresa. A inclusão na plataforma será condição para vender à empresa.

Plataforma Verde JBS vai acompanhar 45 milhões de hectares, um território superior ao da Alemanha. (foto – arquivo)

No total, o geomonitoramento por satélite e o sistema de rastreabilidade por blockchain vão monitorar diariamente mais de 450 mil mil km² (ou 45 milhões de hectares). Esta área equivale a um território superior ao da Alemanha, por exemplo.

Na prática, os fornecedores diretos e indiretos da JBS deverão incluir seus dados na plataforma e, ainda assim, terão sua confidencialidade mantida graças ao modelo de blockchain. A empresa também tem outras inovações como o aplicativo de transporte Uboi.

A JBS vem desenvolvendo a tecnologia nos últimos dois anos e deve estar concluída para operação total até o final de 2020. Esse sistema vai gerir todo o acesso às informações da cadeia de produção da Companhia, incluindo consumidores, clientes e agora, também, fornecedores de matéria-prima.

A tecnologia blockchain protege as informações dos fornecedores e traz transparência nas análises das propriedades. A JBS, por exemplo, não terá acesso aos dados da GTA, que serão geridos unicamente pela plataforma blockchain, de forma independente.

“A Plataforma Verde JBS só poderá acessar informações dos elos anteriores da cadeia de fornecimento mediante aval individual dos fornecedores diretos. E os únicos dados que serão utilizados pelo sistema serão aqueles necessários para verificação da conformidade ambiental das propriedades”, explica Marcio Nappo, diretor de Sustentabilidade da JBS.

A plataforma não acessará dados e informações relativas aos animais e será auditada externamente, para garantir a segurança dos dados dos produtores e suas estratégias comerciais.

Consumidores finais   

A iniciativa também alcançará os consumidores finais e ampliará o nível de informações sobre os produtos das marcas Friboi, Maturatta Friboi, Do Chef Friboi e 1953 Friboi.

Atualmente, por meio de um QR Code, os clientes já acessam a lista de fazendas que fornecem cada produto. “Com a Plataforma Verde da JBS, o objetivo é ampliar o alcance dessas informações para os elos anteriores de nossa cadeia de fornecimento, trazendo mais transparência para toda a cadeia de produção”, acrescentou Nappo.

Segundo ele, a JBS foi uma das primeiras empresas do setor a investir em um sistema de monitoramento robusto para análise de seus fornecedores há mais de 10 anos e já monitora, com êxito, seus fornecedores diretos de gado.

“A Companhia vem evoluindo seu sistema, que já é dos mais eficientes e sofisticados do mundo, e segue dialogando com as partes interessadas para promover mudanças significativas e responsáveis na região amazônica com um sistema”, frisou.

Prioridade

A prioridade da JBS neste momento é o Bioma Amazônico e, posteriormente, há possibilidade de iniciar uma discussão sobre projetos para outras regiões, como o Cerrado ou o Pantanal.

A mobilização da cadeia já começou e, em 2021, iniciam-se as análises dos fornecedores dos fornecedores diretos da JBS no estado de Mato Grosso. Até o fim de 2025, a adesão à plataforma se torna uma condição dos pecuaristas no bioma para vender gado à JBS.

“O ponto central de nossa estratégia para engajar os produtores será trabalhar em conjunto com eles, dando assessoria jurídica para regularização ambiental e técnica, principalmente para o aumento da produtividade na pecuária. Queremos ser um agente transformador”, finalizou.