
Os ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Agricultura, Tereza Cristina, assinaram nesta quinta, 15, a parceria que institui a Câmara do Agro 4.0. A ideia é que o grupo, formado por representantes das duas pastas e do setor produtivo, debata temas como criação e exportações de tecnologias agrícolas do Brasil, capacitação de pessoas por meio de polos tecnológicos e incentivo à criação de startups no campo. A ideia é que os resultados sejam apresentados em 90 dias.
Segundo Pontes, é possível utilizar fibras ópticas para fazer conectividade e o satélite geoestacionário de defesa e comunicação para levar internet onde a fibra não chega. “A internet das coisas [IoT, em inglês] deve ser aplicada dentro das propriedades, em diversas modalidades, desde coleta de dados para melhoria dos solos, aplicação de defensivos de forma precisa e de irrigação de precisão. Tudo que a tecnologia pode oferecer para melhorar a produtividade no campo vai estar contido nesse trabalho”, diz.
O governo vai contar com ajuda da iniciativa privada para propor e bancas as ações, que, de acordo com o ministro, devem custar de R$ 20 bilhões a R$ 40 bilhões. A primeira fase, que será no Nordeste e mira os pequenos produtores, deve custar R$ 83 milhões e gerar lucro de R$ 300 milhões para a região. “Mesmo que [o recurso] não saia inteiro esse ano, se sair R$ 20 milhões, a gente já dá partida e completa no ano que vem”, afirma.