
Foi da experiência do engenheiro de produção Pedro Paiva com seus pais, produtores rurais de Uberaba, Minas Gerais, que surgiu a ideia para a startup Grão Direto. Ele percebeu que embora o agronegócio esteja se modernizando, muitas transações comerciais ainda são feitas de maneira bastante analógica, pelo telefone. Para contornar esse problema, ele chamou dois amigos de infância, o administrador Alexandre Borges e o cientista da computação Frederico Marques, para desenvolver uma plataforma de compra e venda de grãos.
De acordo com Alexandre, o objetivo da empresa, além de conectar compradores e produtores, é oferecer a maior quantidade de informações possível para que o produtor tome as melhores decisões. No formato analógico de compra e venda, muitos dados simplesmente não são catalogados. A plataforma oferece o preço médio de grãos como milho, soja, trigo e sorgo de acordo com a região em que eles foram negociados, além de cotações do dólar, de fretes, de bolsas… Tudo o que pode ajudar no momento de fechar uma negociação. “Mesmo que o produtor escolha fazer a venda fora da plataforma, queremos ter certeza que ele tomou a decisão certa com base no que viu na Grão Direto”, diz o empreendedor.
Desde seu surgimento, em 2016, a Grão Direto já se associou à Esalqtec, a incubadora de startups da Esalq, e foi acelerada pela Startup Farms. Recebeu aportes da Monsanto (que deixou de existir como marca após a fusão com a Bayer), incluindo o primeiro investimento direto da empresa em uma agtech brasileira, e do fundo Open VC, criado pelos ex-executivos da Microsoft no Brasil Osvaldo Barbosa de Oliveira e Mauro Muratório Not.