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Grão Direto dá informações para produtor que quer vender e comprar grãos

Startup criou um marketplace virtual que substitui as tradicionais transações por telefone

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18 julho 2019 - 6 anos ago

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Redação

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Foi da experiência do engenheiro de produção Pedro Paiva com seus pais, produtores rurais de Uberaba, Minas Gerais, que surgiu a ideia para a startup Grão Direto. Ele percebeu que embora o agronegócio esteja se modernizando, muitas transações comerciais ainda são feitas de maneira bastante analógica, pelo telefone. Para contornar esse problema, ele chamou dois amigos de infância, o administrador Alexandre Borges e o cientista da computação Frederico Marques, para desenvolver uma plataforma de compra e venda de grãos.

De acordo com Alexandre, o objetivo da empresa, além de conectar compradores e produtores, é oferecer a maior quantidade de informações possível para que o produtor tome as melhores decisões. No formato analógico de compra e venda, muitos dados simplesmente não são catalogados. A plataforma oferece o preço médio de grãos como milho, soja, trigo e sorgo de acordo com a região em que eles foram negociados, além de cotações do dólar, de fretes, de bolsas… Tudo o que pode ajudar no momento de fechar uma negociação. “Mesmo que o produtor escolha fazer a venda fora da plataforma, queremos ter certeza que ele tomou a decisão certa com base no que viu na Grão Direto”, diz o empreendedor.

Desde seu surgimento, em 2016, a Grão Direto já se associou à Esalqtec, a incubadora de startups da Esalq, e foi acelerada pela Startup Farms. Recebeu aportes da Monsanto (que deixou de existir como marca após a fusão com a Bayer), incluindo o primeiro investimento direto da empresa em uma agtech brasileira, e do fundo Open VC, criado pelos ex-executivos da Microsoft no Brasil Osvaldo Barbosa de Oliveira e Mauro Muratório Not.

Até agora, a aceitação tem sido bastante positiva. O modelo de negócios da startup se baseia na cobrança de pequenas taxas dos compradores e de consumidores interessados em assinar outros serviços oferecidos, como o envio diário de informações do mercado ou acesso a uma plataforma que regulariza a documentação de transações realizadas pela plataforma. Os planos de expansão incluem a consolidação em território brasileiro, o principal mercado da Grão Direto. Mas Alexandre Borges não descarta uma internacionalização.

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