FoodTech Expo pauta debate sobre rumos do sistema alimentar no Brasil
Dezenas de lideranças do Brasil e do exterior, além de foodtechs, expuseram alternativas
Por Redação
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A segunda edição do FoodTech Expo concluiu, hoje (dia 19), três dias de intenso debate e demonstração de soluções sobre tendências e demandas do sistema alimentar do Brasil e da América Latina.
Organizado pelo FoodTech Hub Br, o evento contou com mais de 90 agtechs e foodtechs, 30 lideranças globais do setor de alimentos, bem como academia, governo, empreendedores, venture capital e representantes de ecossistema de inovação de alimentos de diversos continentes.
O debate sobre o assunto é crucial. De acordo com as últimas projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial aumentará de 7,8 bilhões para 9,1 bilhões em 2050.
Já segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para atender esta demanda, a produção mundial deverá crescer em até 70%, o que pode trazer impactos significativos ao planeta.
“A busca por dietas mais nutritivas e uma produção de alimentos cada vez mais sustentável e a garantia da segurança alimentar aceleram a discussão de transformação nos sistemas alimentares”, diz Paulo Silveira, CEO do FoodTech Hub Br e idealizador do evento.
Segundo ele, consumidores, governos e a iniciativa privada buscam, cada vez mais, uma produção de alimentos que preserve a biodiversidade e o meio ambiente ao mesmo tempo que promova a saúde e o bem-estar.
“O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de grãos e proteína do mundo e é possível agregar muito mais valor na cadeia, do campo à mesa. O evento foi um marco para o Brasil e América Latina na construção de um ecossistema de inovação próximo ao elo final da cadeia do agrobusiness”, completa.
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O primeiro dia de evento contou com a exposição virtual de 76 startups e 15 palestras de alto nível. No segundo, foi a vez do primeiro FoodTech Global Challenge, desafio com a participação de 20 foodtechs qualificadas, e uma banca de jurados para definição de quatro finalistas.
Entre as startups vencedoras, estão a brasileira Wee Caps na categoria Dietas Nutritivas; a argentina Growpack na categoria Varejo; a INOVO dos Países Baixos na categoria Novas tecnologias; e a Faba, também do Brasil, na categoria novos ingredientes.
Também foi lançado o desafio Food Loss Challange contra o desperdício de alimentos em parceria com a Bayer e registrada a participação do Sistema CNA/Senar sobre o papel e desafios do produtor rural no universo da inovação.
No terceiro dia do evento, hoje (dia 19), foi realizado o workshop “Novos ingredientes e proteínas alternativas: um roteiro de ações para o Brasil” com apoio do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e participação do Fernando Camargo, Secretário de Inovação do Mapa.
O FoodTech Expo teve patrocínio da Givaudan, BRF, Coperion e Dohler e apoio da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) e da ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólica).
Alimento e tecnologia
O FoodTech Hub Br vem se consolidando como referência no desenvolvimento de um dos melhores ecossistemas de inovação em alimentos do mundo. Os seis principais pilares de interesse são Produtos, Processos e Tecnologia, Food Service, Embalagens Inteligentes, Desperdício de Alimentos e Segurança dos Alimentos.
“Queremos ajudar a desenvolver a inovação focada em tecnologias disruptivas para a produção de alimentos saudáveis, nutritivos, equilibrados e saborosos. Hoje temos um consumidor mais informado e preocupado com o corpo e a mente”, destaca Silveira.
Segundo o UBS em seu relatório de 2019, chamado Food Revolution, o mercado de inovação de novos alimentos irá atingir um valor global de aproximadamente USD 700 bilhões em 2030.
De acordo com a agência de pesquisas Euro monitor Internacional, atualmente, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking de países quando se trata do consumo de alimentos saudáveis.
O país conta com várias foodtechs atuando nas mais diversas áreas, desde soluções de gestão para os atores da cadeia de food service, até novos modelos de delivery e de negócios que giram em torno da alimentação saudável. (com informações da assessoria de imprensa)