Tecnologia
EUA aprovam primeiro suíno transgênico para consumo humano
Empresa autorizada é do mesmo grupo que clonou a ovelha Dolly em 1996
A FDA (Food and Drug Administration) aprovou, na semana passada, os primeiros suínos geneticamente modificados para comercialização. O porco GalSafe não fabrica um tipo de açúcar chamado “alfa-gal” e, assim, evita alergia em consumidores e também no uso biomédico em pacientes.
Segundo a agência, que é uma espécie de Anvisa dos Estados Unidos, estes animais geneticamente modificados devem produzir carne mais segura e também órgãos e tecidos mais confiáveis para transplantes.
“A aprovação inédita de um produto de biotecnologia animal para alimentos e como uma fonte potencial para uso biomédico representa um grande marco para a inovação científica”, disse o comissário da FDA, Dr. Stephen Hahn.
Os porcos foram licenciados pela Revivicor Inc., uma subsidiária da United Therapeutics, que produziu o primeiro mamífero clonado, a famosa ovelha Dolly, em 1996.
Os suínos GalSafe podem ser usados com segurança por pessoas com síndrome alfa-gal, disseram funcionários da FDA em uma coletiva de imprensa, seja como alimento como para uso médico.
Inclusive, a empresa Xenotherapeutics já tem três pacientes inscritos para uso da pele dos suínos GalSafe em enxertos como tratamento de queimaduras em alérgicos a alfa-gal. A empresa está trabalhando para inscrever mais três no estudo que ocorre no Massachusetts General Hospital.
Antes do suíno GalSafe, a FDA havia aprovado apenas alguns animais geneticamente modificados, sendo um salmão o único previamente aprovado para uso como alimento.
O FDA fez uma revisão de toxicologia. “Nós examinamos se são produtos seguros para as populações em geral como alimento para humanos”, disse o Dr. Steven Solomon, diretor do Centro de Medicina Veterinária do FDA.
Em 2009, o FDA aprovou o primeiro produto feito a partir de animais geneticamente modificados – um anticoagulante para pacientes de uma doença rara conhecida como deficiência hereditária de antitrombina. O produto, conhecido como ATryn, é feito com leite de cabra geneticamente modificado.
Há também uma terapia chamada Kanuma que é feita de ovos de galinhas geneticamente modificadas e usada para tratar pessoas com uma rara deficiência de proteína e um produto chamado Sevenfact feito no leite de coelhos geneticamente modificados usado para tratar um tipo específico de hemofilia.
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