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Entreposto high tech prevê iniciar obras em 2020

Nesp terá investimentos de R$ 1,5 bilhão para usar identificação facial, big data e smart logistics no abastecimento de LFV em São Paulo

O Novo Entreposto de São Paulo (Nesp), iniciativa de um grupo de empresários para construção do mais moderno centro de abastecimento de alimentos do país, deve iniciar as obras no primeiro semestre de 2020, no bairro de Perus, na capital paulista.

Os responsáveis já contam com projetos e documentação para a obtenção do licenciamento ambiental e outros trâmites. Após emissão da licença ambiental de instalação pela Cetesb, várias etapas da construção poderão ser iniciadas.

“Apresentamos estudos amplos e condizentes com os de entrepostos do primeiro mundo para agregar mais segurança jurídica e ambiental nesse que será um dos mais modernos centros de abastecimento de alimentos do mundo”, diz Sérgio Benassi, presidente do Nesp.

Expectativa é entregar primeiras unidades até 36 meses após licença ambiental. (foto: Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação)

A intenção é iniciar a terraplanagem e implantar o canteiro de obra com usina de concretagem e fábrica de pré-moldado a fim de iniciar os trabalhos na infraestrutura de acesso e das edificações.

A partir do licenciamento, as primeiras unidades do entreposto começam a operar entre 30 a 36 meses. O investimento total chegará a cerca de R$ 1,5 bilhão, entre infraestrutura e tecnologias, e deverá gerar negócios na ordem de R$ 11 bilhões ao ano.

Segundo o projeto, a central de distribuição combinará uma série de tecnologias digitais e de Agro 4.0, como identificação facial, big data e smart logistics (logística integrada) para ganho de eficiência, sustentabilidade e rastreabilidade de FLV (Frutas, legumes e verduras).

A adoção dessas tecnologias atenderá aos interesses do setor supermercadista, produtores rurais e consumidores, uma vez que reduzirá perdas, agregará valor aumentará a segurança alimentar.

Confira algumas delas:

Sistema de Logística Integrada

Os boxes do Nesp estarão conectados a uma central capaz de gerenciar toda entrada e saída de produtos, de forma ágil, prática e eficiente. Por exemplo, cada caminhão será identificado antes de chegar na portaria a fim de indicar exatamente onde ele deve estacionar para ser descarregado de forma rápida e eficiente.

Em seguida, outro sistema de logística interna comanda as empilhadeiras para separação e direcionamento dos produtos até a retirada pelo cliente. Esse processo agiliza o carregamento, além de manter a qualidade dos produtos, pois há menos manuseio.

Identificação facial e de veículos

Um sistema integrado de identificação permite que os frequentadores do entreposto possam acessar e circular de forma mais fácil. Caminhões, por exemplo, podem ser identificados através de sistemas de rádio frequência, como o Sem Parar. Já os pedestres podem ser identificados através de sistemas de identificação facial. Com isso, ganha-se agilidade e segurança no controle de acesso.

Central de Caixas

Esta unidade vai visar a padronização das caixas para reutilização ou reciclagem no caso das embalagens não padronizadas para maiores níveis de controle, sustentabilidade e eficiência no armazenamento.

O modelo permite diversas inovações, como sistemas de rastreabilidade, higienização (aumentando a segurança alimentar) e controle (como cadeados eletrônicos).

Big Data

A digitalização do Nesp permitirá a utilização de Big Data para levantamento, estruturação e interpretação de dados. Com isso, diversas decisões data driven podem ser tomadas para otimizar desde a logística no entreposto até mesmo sobre inteligência de mercado.

Sistemas de e-commerce e Centrais de vendas

Além do sistema tradicional de comercialização, haverá uma plataforma de e-commerce, com aplicativos e pregão eletrônico para órgãos públicos.

Sistemas de pesagem de caminhões

Para melhorar o controle de carga do Nesp, haverá sistemas integrados de pesagem que registrarão o movimento diário do mercado.

Ambiente controlado

O projeto dos pavilhões do Nesp permite constante troca de calor e climatização interna, gerando um ambiente fresco e favorável à conservação dos alimentos.

Câmaras frias

A tecnologia não é nova, mas a adoção de câmaras frias, com adequado controle de umidade e sanitização, aumenta o “shelf life” de frutas, legumes e verduras. Além disso, a infraestrutura permite a chamada “cadeia de frio”, cargas refrigeradas serão descarregadas em ambientes climatizados, mantendo a qualidade dos produtos.

(com informações da assessoria de imprensa)

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