Drone reduz custos e acelera aplicação de microbiológicos, diz Koppert
Testes apontam redução no consumo de água, fim do amassamento e melhor emprego da mão de obra
Por Redação
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A liberação de defensivos microbiológicos já conta com estratégias mais eficientes de pulverização, como as feitas por drones. A técnica vem sendo adotada por horticultores do cinturão verde paulista com ganhos financeiros e economia de uso de recursos naturais.
A aplicação de produtos da Koppert, por exemplo, é feita pela VOA, empresa de São José dos Campos (SP). A multinacional também tem outras iniciativas sobre o tema, como noticiamos aqui.
Drones são, no mínimo, 12 vezes mais rápidos na aplicação de microbiológicos do que pulverizadores costais. (foto : Koppert)
Segundo Nei Brasil, CEO da agtech, os primeiros testes foram feitos em lavouras de couve-manteiga e repolho, com a aplicação do Boverile do Trichodermil, o primeiro, inseticida e o segundo, fungicida e nematicida biológicos.
“A introdução dos drones para pulverização quando comparado a pulverizadores costais manuais ou motorizados pode representar uma capacidade de campo operacional 30 vezes maior”, pontua.
De acordo com ele, drones podem fazer cerca de 3 hectares por hora por aplicador, enquanto, baseando-se em pesquisas, os pulverizadores costais motorizados, por exemplo, apresentam uma velocidade de cerca de 0,06 a 0,24 ha/hora.
Vantagens
Essa nova forma de aplicação também representa redução no custo com mão-de-obra para os tratos culturais, além de diminuir o impacto das áreas tratados como o amassamento de plantas e pisoteio do solo.
“O uso de drones em cultivos de hortaliças gera uma queda significativa no amassamento das plantas, no desgaste de vias de acesso e canteiros em relação a tratores e pulverizadores terrestres”, explica o gerente de vendas da Koppert do Brasil, Rodrigo Rodrigues.
Outro ponto positivo da aplicação via drone é a redução do uso de água em até 26 vezes. Isso porque outras formas de pulverização utilizam 800 l/ha, com os drones a calda é de apenas 30l/ha.
“A aplicação passa a ser mais localizada e específica, uniformizando também o uso dos produtos e a quantidade de pulverizações, gerando uma economia significativa para o horticultor”, pondera Brasil.
Rodrigues estima que 80% da produção de frutas, legumes e hortaliças utilizem a pulverização manual e, sendo assim, o cansaço do operador influi na uniformidade do trabalho.
“Com os drones, isso não acontece, a operação é mais rápida, precisa e eficiente. Os resultados são promissores, além de todas as vantagens operacionais, temos visto o controle de pragas e doenças de forma bem efetiva”, acrescenta.
Ideal para hortaliças
O produtor de hortaliças Márcio Hasegawa tem feito as pulverizações de forma experimental em suas propriedades. “O sistema de drones é o futuro, principalmente na horticultura, onde a produção é rápida e com diversidade de culturas. Temos que pulverizar semanalmente e não podemos ter resíduos nos produtos. Dessa forma a utilização de biológicos com drones é o ideal para nosso setor”, explica.
Hasegawa ressalta também os benefícios econômicos com a nova tecnologia. “Com outras formas de aplicação, chegamos a demorar um dia inteiro para pulverizar de 6 a 8 hectares, além disso com os drones podemos fazer as pulverizações à noite, por exemplo”, finaliza. (com informações da Assessoria de Imprensa)