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Milho

Bioinseticida elimina até 85% da cigarrinha-do-milho

Fungo Isaria fumosorosea tem ação prolongada contra o inseto, cuja ocorrência aumentou em vários estados

Um inseticida biológico desenvolvido a partir do fungo Isaria fumosorosea pode reduzir em até 85% a presença de cigarrinha-do-milho em lavouras do grão. Nesta safra, inclusive, os históricos de clima e ocorrência da praga apontam para uma alta probabilidade de incidência do inseto.

Comercializado com o nome de Octane, o microbiológico tem ação prolongada e mais chances de atingir os insetos, sem elevar sua resistência. “Os resultados são excelentes, com até 85% de eficiência no controle da cigarrinha”, garante Rodrigo Rodrigues, gerente de vendas Centro-Sul da Koppert.

As infestações na segunda safra, com plantio normalmente realizado em janeiro, costumam ser menores, mas é quando as cigarrinhas se multiplicam para atacar posteriormente.

Confira outras soluções com bioinsumos para percevejos, o aplicativo da Embrapa sobre o tema e, também, o Episódio do AgEvolution “O futuro é biodigital”.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, Sergio Abud da Silva, o manejo integrado também é recomendado para combater o inseto, que transmite doenças de enfezamento do milho.

Entre as medidas, estão a rotação de culturas, uso de sementes certificadas e tratadas, janelas de semeadura de 20 a 30 dias, diversificação de cultivares e aplicação de inseticidas, entre outras.

Segundo ele, o uso de inseticidas biológicos em combinação com os químicos amplia a ação de manejo do inseto-vetor. “Lembrando ainda, que após a aplicação de inseticidas, o monitoramento deve continuar para prevenir a reinfestação da área com cigarrinha”, orienta.

O pesquisador cita ainda que o cenário de demanda interna e externa pelo cereal levaram o Brasil a produzir duas e até três safras anuais do grão em diversas regiões.

“Seja cultivado ou tiguera, a presença constante de milho no campo cria um ambiente favorável ao aumento das populações de cigarrinha-do-milho e do complexo de doenças de enfezamentos, que podem causar redução de até 100% na produção da planta infectada”, alerta Abud.

Um levantamento da CropLife Brasil identificou aumento da ocorrência dos enfezamentos e dos níveis populacionais da cigarrinha-do-milho em diversos estados a partir da safra 2015/16. Os maiores surtos ocorreram na Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. (com informações da assessoria de imprensa)

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