Armazenamento 4.0 evita prejuízos milionários em grãos

Duas iniciativas brasileiras para “armazenagem 4.0”, uma da Kepler Weber e outra da agtech Termoplex, visam eliminar ou mitigar um dos principais gargalos do agronegócio brasileiro que é a estocagem de grãos.

Anualmente, segundo levantamento da Embrapa, até 10% da produção é perdida dentro dos silos. Além disso, segundo a consultoria Cogo, neste ano, cerca de 81 milhões de toneladas de grãos (quase um terço da produção) não têm “lugar” na atual capacidade instalada do país.

Sync é resultado de 3 anos de desenvolvimento da empresa. (foto: Kepler Weber)

A primeira solução é da Kepler Weber com o novo portfólio de tecnologias Sync, uma plataforma de soluções integradas baseada no conceito IoT (Internet das Coisas) para ser aplicada na armazenagem de grãos.

Segundo a empresa, a falta de condições ideias de armazenagem, além de erros no controle na umidade e secagem em decorrência do monitoramento manual representam perdas expressivas.

Por exemplo, em um silo que comporta 100 mil sacas de soja, equivalente a aproximadamente R$ 7 milhões, pode haver um prejuízo na ordem de R$ 70 mil, caso a umidade do produto varie 1% por falhas operacionais.

Piero Abbondi, presidente da Kepler Weber, informa que o Sync é resultado de 3 anos de desenvolvimento e pode ser aplicado em projetos novos ou em plantas já existentes. Outro item de destaque é a flexibilização e customização “sob medida” da plataforma.

“O lançamento do Sync traz a indústria 4.0 para o segmento de armazenagem. A Kepler, como líder no mercado, está oferecendo tecnologia que é modular e adequável às necessidades do cliente, seja um pequeno produtor ou uma indústria de grande porte”, afirma Abbondi.

A prioridade da Kepler é a redução de desperdícios e manter a qualidade do produto que veio do campo. Entre outros benefícios, a tecnologia Sync baseada em IoT é responsiva e pode ser acessada por smartphone e dispositivos móveis.

Termoplex

Já a agtech Termoplex desenvolveu soluções de monitoramento e controle digitais das condições do armazenamento e aeração dos silos para, igualmente, evitar perdas e prejuízos. Outras agtechs foram premiadas por projetos nesta área.

“Atualmente, a enorme maioria dos silos tem uma operação arcaica que é feita manualmente. Isso acarreta em perdas de volumes que podem chegar a 100% dos estocado em alguns casos. Temos clientes que reduziram as perdas a zero o que representa um lucro muito grande”, comentou Vinicius Ortiz, CTO da Termoplex.

Entre as tecnologias, estão sensores de umidade e temperatura e recursos de IoT com acionamento por aplicativos via celular ou desktop para uma operação automática e inteligente dos silos.

Veja também a participação do Vinícius em nosso boletim AgEvolution com o tema “Grão Digital”: