Foodtech
Empresa já recebeu R$ 2,3 bi para produção de “leite” alternativo
Tecnologia converte açúcares vegetais em proteínas e soro lácteo para produtos como sorvete, queijos e outros
A foodtech californiana Perfect Day já recebeu, desde dezembro, aportes que somam R$ 2,3 bilhões (ou US$ 440 milhões) para desenvolver produtos “lácteos” sem uso de leite ou animais.
Segundo a AgFunders, o último investimento de R$ 1,6 bilhão (US$ 300 milhões) ocorreu em julho e veio do maior fundo de pensões do Canadá, a CPP Investments. Os representantes do fundo destacaram como o Perfect Day cultivou a confiança por meio de conquistas regulatórias e de produção.
No lado da produção, a empresa está demonstrando uma duplicação de sua capacidade de produção nos últimos meses, uma conquista que provavelmente deve muito às parcerias com fabricantes como Archer Daniels Midland.
A tecnologia por trás da produção envolve a Perfect Day desenvolvendo e implantando maneiras de projetar geneticamente a microflora – organismos como leveduras, bactérias e fungos – para converter açúcares vegetais em proteínas e soro de leite essenciais na maioria dos produtos lácteos.
O soro e a caseína são idênticos aos que você obtém do leite de vaca, de acordo com o Perfect Day, que os combina com outros ingredientes para fazer seus produtos, como leite, sorvetes, queijos e outros, sem lactose.
Deste modo, os produtos são muito mais do que “leite” de soja, coco, amêndoa, grão de bico ou aveia como já é comum no mercado hoje, embora essas também estejam ficando cada vez melhores na imitação de laticínios.
O AgEvolution, inclusive, noticiou a parceria entre a Seara e a agtech brasileira NoMoo, que já consolidou técnicas similares para dezenas de produtos aqui no Brasil. Nossa equipe, inclusive, provou alguns deles. Difícil diferenciar do leite de vaca.
A agtech californiana também concluiu a revisão do FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) para o modelo de produção e diversos de seus produtos.
“Fomos alimentados à força com sorvete. Realmente tem gosto real. Está pronto para capturar mudanças estruturais nas práticas industriais, recursos físicos e preferências dos consumidores por opções ambientalmente conscientes”, lembrou Leon Pedersen, chefe de investimento temático da CPP Investments. (com informações da AgFunders)
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