Soja
Agtech comprova teor proteico da soja para valorização no mercado
Equipamento permite diferenciar produto junto a traders e o mercado
A agtech FIT (Fine Instrument Technology) pode comprovar o maior teor proteico da soja cultivada no Brasil e, assim, aumentar a valorização da produção nacional e dos sojicultores.

Silvia Azevedo e Daniel Consalter, sócios da FIT: “Produtores deixam de rentabilizar quando teor não é considerado”. (Foto – FIT)
A startup realiza serviços de análise de matérias-primas com a aplicação de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para mensurar com rapidez o teor proteico da soja de forma assertiva.
Daniel Consalter, diretor da FIT, ressalta que o preço da soja muda de acordo com o percentual de proteína, que varia de 33% e 38% no grão. Contudo, atualmente, a maior parte dos produtores não demonstra tal diferencial e deixa de rentabilizar com isso.
“O produtor poderia explorar comercialmente este fato se fizesse a análise dos grãos. Ocorre que grande parte dos produtores não faz a mensuração proteica e deixa de rentabilizar quando negocia com os traders”, explica.
A vantagem da soja brasileira, inclusive, já foi comprovada por estudos da Embrapa, que demonstraram uma superioridade de até 2% no teor proteico em relação à soja produzida dos Estados Unidos.
Segundo Silvia Azevedo, sócia da FIT, este teor não é analisado e tampouco considerado na valoração do produto nacional na comercialização. Deste modo, a venda da soja por tonelada faz com que os agricultores deixem de rentabilizar bilhões de dólares a cada safra.
“O mais importante é que as informações sobre a qualidade da soja produzida no Brasil já são patentes. O que precisamos é gerar uma cultura de análise entre os produtores. Muitos comercializam o produto no escuro”, diz.

SpecFit determina parâmetros proteicos da soja de forma rápida. (foto – FIT
Atualmente, o preço pago ao agricultor é estipulado pela cotação do dia da commodity. Já nas vendas feitas pelos traders para os mercados externos a análise da diferença proteica é exigida e faz parte da valoração do produto.
Equipamento
A ferramenta SpecFit, desenvolvida em parceria com Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), é capaz justamente de determinar parâmetros proteicos da soja de forma rápida, não destrutiva e sem gerar resíduos nem utilizar produtos químicos.
Além de agregar valor ao produto, a tecnologia identifica pontos de perdas no processo de beneficiamento de produtos agrícolas, oferecendo um melhor controle às etapas da produção.
A sócia da FIT lembra que a cana-de-açúcar, também já vendida por tonelada e passou a ser um produto mais competitivo a partir do momento em que sua comercialização foi determinada pelo teor de açúcar.
“Nosso objetivo é escalar, pois quanto mais produtores fizerem as análises da proteína embutida na soja, mais estaremos contribuindo para demonstrar a competitividade dos nossos produtos agrícolas. Ter uma ferramenta de análise, hoje em dia, é fundamental”, conclui Silvia. (com informações da assessoria de imprensa)
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