Agricultura vertical em São Paulo: conheça a Pink Farms
Agtech produz hortaliças em ambiente controlado e quer escalar sua produção
Já falamos aqui no AgEvolution de como algumas das principais agtechs que oferecem soluções em agricultura e vertical estão recebendo aportes volumosos de fundos de investimento. Essa revolução já chegou aqui no Brasil. A startup Pink Farms instalou uma fazenda urbana em São Paulo, na Vila Leopoldina (o mesmo bairro do Ceagesp), e recebeu um aporte de R$ 2 milhões da SP Ventures para escalar sua produção.
A startup surgiu em 2015 a partir da vontade de três empreendedores de testar o cultivo em ambiente controlado. Mateus e Rafael Delalibera e Geraldo Maia, todos eles engenheiros, desenvolveram protótipos para as luzes azuis e vermelhas, cujo brilho rosa inspirou até o nome. Começaram cultivando alfaces, por conta da quantidade de informações disponíveis sobre a hortaliça. Já expandiram sua linha de produtos e oferecem também os chamados “micro greens”, como rabanete, mostarda e alho poró. Eles podem ser encontrados em alguns empórios da capital paulista.
A produção é toda feita com iluminação artificial, uso inteligente da água, que economiza até 95%, e capacidade para fazer 11 a 12 colheitas por ano, contra oito do cultivo tradicional. Eles não usam agrotóxicos e só não obtiveram o certificado destinado a alimentos orgânicos por conta da legislação, que só leva em conta as verduras produzidas no campo.
O comprometimento dos empreendedores e o potencial de escala da empresa motivou o aporte da SP Ventures. Francisco Jardim, fundador do fundo de investimentos, diz que ele demorou para se convencer do potencial do formato de agricultura vertical, mas foi impactado pela qualidade da solução desenvolvida pela Pink Farms.
Com os novos recursos, a ambição da agtech é grande. Eles querem ampliar a capacidade da fábrica de São Paulo para 135 toneladas por ano. A linha de produtos deve crescer também. Além de outras hortaliças, como rúcula e espinafre, estudam o cultivo de frutas vermelhas para 2020.
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