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Europa

UE aprova rótulos ´cárneos`, mas não ´lácteos` nos produtos ´plant based`

Mercado das proteínas alternativas valerá R$ 47 bilhões na Europa até 2025

O Parlamento Europeu aprovou o uso de palavras como “hambúrguer”, “salsicha” e “bife” e negou para o caso de “iogurte” e “queijo” nos produtos à base de plantas, os plant based.

A votação foi realizada em virtude da proposta de Política Agrícola Comum da Europa que visava proibir as referências a proteínas animais.

A popularidade dos produtos à base de plantas aumentou nos últimos anos sob a alegação de que os chamados “plant based” seriam mais saudáveis e teriam menos impacto ambiental.

Um relatório recente da consultoria europeia ING apontou que as vendas no varejo de alternativas a carne e laticínios cresceram cerca de 10% ao ano entre 2010 e 2020 e estima-se que este mercado valerá € 7,5 bilhões (ou R$ 47 bilhões) em 2025.

A discussão no Parlamento Europeu sobre a rotulagem de produtos de base vegetal levou cerca de um mês e mobilizou opiniões contrárias. A mobilização do setor de cárneos argumentou que o uso de termos relacionadas aos produtos tradicionais seria um “sequestro cultural”.

Já os “plant based” contestaram que a proibição prejudicaria o Acordo Verde Europeu, que visa tornar o continente neutro em emissões de carbono até 2050, e dificultaria a escolha dos consumidores.

Em última análise, os eurodeputados não concordaram com o lobby da carne e votaram contra a proibição por uma votação de 379 a 284. Assim, produtos à base de plantas poderão usar rótulos como “hambúrguer”, “salsicha” e “bife”. Ainda assim, as regras podem variar de país a país.

Curiosamente, os deputados europeus proibiram o uso de termos lácteos aos produtos concorrentes feitos a partir de plantas. Ou seja, a utilização de palavras como “estilo iogurte”, “alternativa à manteiga” ou “substituto do queijo”, assim como “queijo”, “iogurte” e “leite” (já proibida desde 2017), está proibida na EU.

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